quarta-feira, 21 de março de 2012

CLUBE DA ESQUINA no Vitinho nesta sexta!

Rapaziada esperta faz homenagem ao estilo que influenciou diretamente a música valenciana e toda a MPB contemporânea

É sexta no Pesqueiro Boa Sorte com os melhores peixes da melhor qualidade com aquele limãozinho esperto e do mal! O guitarra Filipe Torres e Fabrício Santos falam sobre o espetáculo.
..Filipe Torres
"O movimento do clube da Esquina tem uma linguagem própria, que foi consolidada
com o lançamento em 1972, do disco "Clube da Esquina." A sonoridade, a elaboração e a originalidade fizeram deste um disco clássico na MPB. São tantos elementos novos, que, com o passar do tempo, foram se difundindo por toda nossa música. As letras das canções em geral nos mostram "cores" mais abstratas, diferente do que ocorria na tradição poética no Brasil. Quase não se vê estrutura de Romance ou de narrativas, na verdade sintetiza um pensamento literário.

A parte musical nos mostra porquê a música do clube foi parar nos quatro cantos do mundo. As orquestrações tem um caratér pessoal muito próprio, totalmente diferente da forma da tropicália ou da bossa nova. Mais impressionista, fazendo parte de uma história. Fazem a ponte com nosso povo americano de língua espanhola. Trazem uma África mineira, irmã dos congados, moçambiques e caiapós e tambus. Não do samba ou do Candomblé. São os primeiros a colocar, em alguns casos a percussão num volume mais alto que a própria voz.

Fazem a fusão do regional com o pop. Ouvindo não conseguimos localizar onde começa um e termina o outro. Esse procedimento tempos depois, passa a ser chamado World Music. A Harmonia através do Violão de Toninho Horta, do Milton, Wagner Tiso traz uma linguagem muito própria. O que chama a atenção de músicos como Pat Metheny, Herbie Hancock, Wayne Shorter. Todo esse conjunto denota a força do trabalho dos mineiros.

..MUNDO UNDER GROUND - "Como isso influenciou a musicalidade regional, Valença etc, no que vemos na MPB da noite".

...Fabrício Santos responde:
O clube da esquina foi um movimento musical que ao mesmo tempo que tinha uma veia regional através da ligação com a natureza, com o tipo de vida que se leva nas cidades do interior de Minas, as praças, igrejas, trem a vapor, fazendas e etc, também tinha uma forte influência de bandas de Rock como os Beatles, Yes e Genesis. Esse lado do movimento deu à musicas deles uma cara diferente das coisas que estavam sendo produzidas no Brasil na época e exerceu muita influência no repertório de música popular que é tocado na nossa região desde os anos 70 até os dias de hoje.

..MUNDO UNDER GROUND - "Nos fale sobre o projeto"

...Filipe Torres responde:
O Tributo surgiu da vontade que tínhamos de poder expressar todo essa clima mineiro.
O Clube da Esquina influenciou muito em nossas vidas, digo isso isso não apenas musicalmente. Mas até mesmo como uma questão de vida. As igrejas, montanhas, a receptividade, o modalismo... O clima de amizade entre nós sempre teve essa mesma energia do Clube, só resolvemos levar isso para as pessoas. E sinceramente, poucas coisas tem me dado tanto prazer quanto tocar essas canções. Levar o Tributo à Valença, no Pesqueiro, com todo o clima de natureza só nos deixa ainda mais anciosos.

...e aí o pessoal pergunta, o que que tem o Kurt a ver com isso? Eu respondo: ele admirava demais a música brasileira e fazia música própria, ajudando a moldar, a criar o grunge, assim como o Clube da Esquina o fez no seu estilo.

quarta-feira, 14 de março de 2012

4º FIM - Sabe fazer música própria???

Festival de Rio das Flores tem inscrições abertas em abril!